Continuei a minha procura...
O balançar quieto do vento fraco!
As estranhas formas que inquietam e misteriosamente pendem de ramos retorcidos!
Fiquei perto, tão perto, mais perto, mas continuo insatisfeita!
Continuo sem achar o que tanto procuro!
Será sempre assim?
Já não sei escrever
Perdi o meu sentido de expirar
Sinto que já não sinto o que sintia antes de o sentir
Já não tenho o poder de me ausentar de mim e em mim vaguear à procura do lugar de onde nunca saí
Sinto que o lápis não passeia sozinho na candura
Que tudo sai forçado e quase rimado
Já não é natural
Já não me dá prazer
Mas sinto falta de coisas escrever
De devaneios que solto e de os prender ao carvão
De me perder entre letras e linhas tortas que só eu sei entender
De as ler e reler e nunca as emendar
É genuíno!
Nada de correcções!
O que entra nos traços já não volta a sair
E tudo é traço
E tudo é devaneio
O meu devaneio do prazer de escrever
Afinal ainda sinto prazer de expirar!
(Belém 20.04.2009).jpg)
Foto tirada com o telemóvel, a máquina ficou sem pilha :(
Fica a promessa de lá voltar com máquina prontinha!
